Um bilhão de pessoas vive com apenas R$ 19 por dia, alerta o Banco Mundial
Pobreza volta a crescer após décadas de declínio
Quase 700 milhões de pessoas em todo o mundo vivem em extrema pobreza, sobrevivendo com menos de US$ 2,15 (R$ 11,73) por dia, segundo o Banco Mundial.
A ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o 17 de outubro como o Dia Internacional para Erradicação da Pobreza, através de uma resolução adotada em 22 de dezembro de 199
Todos os anos, a organização promove eventos e conferências para conscientizar a população global sobre o tema e mobilizar esforços de combate à pobreza. O tema de 2025 é “Acabar com os maus-tratos sociais e institucionais, garantindo respeito e apoio efetivo às famílias”.
Pobreza volta a crescer após décadas de declínio
De acordo com relatório da ONU, a pobreza extrema global caiu rapidamente entre 1990 e 2019. No entanto, a pandemia de Covid-19 e as crises econômicas subsequentes causaram o maior aumento da pobreza em décadas.
Desde 2019, praticamente não houve progresso na erradicação da pobreza.
Quase metade da população mundial, especialmente em regiões como o Sul da Ásia e a África Subsaariana, vive abaixo dos níveis de bem-estar econômico considerados mínimos em países de renda média-alta.
Cerca de um bilhão de pessoas vivem com rendas entre US$ 2,15 e US$ 3,65 (R$ 19,91) por dia, enquanto quase metade da população global sobrevive com menos de US$ 6,85 (R$ 37,36) por dia.
8,5% da população mundial vive em extrema pobreza
O Relatório de Pobreza Global 2024, do Banco Mundial, estima que 8,5% da população mundial vive em extrema pobreza, o que equivale a 700 milhões de pessoas.
Cerca de 3,5 bilhões de pessoas, quase metade da população global, vivem com menos de US$ 6,85 por dia, um nível que representa pobreza em países de renda média.
Apesar dos desafios, regiões como o Leste Asiático, o Pacífico e o Sul da Ásia foram as que mais avançaram na redução da pobreza nos últimos 25 anos.
As projeções indicam que, até 2030, 7,3% da população mundial ainda viverá em extrema pobreza, com apenas 69 milhões de pessoas ultrapassando esse limite.
África concentra os países mais pobres do planeta
Segundo o portal Visual Capitalist, com base no relatório World Economic Outlook do FMI (Fundo Monetário Internacional), publicado em abril de 2025, a maioria dos países mais pobres, medidos pelo PIB per capita, está localizada na África Subsaariana.
O Sudão do Sul lidera a lista, com um PIB per capita de US$ 251 (R$ 1.368,98), seguido pelo Iêmen (US$ 417 – R$ 2.274,36), o mais pobre do Oriente Médio. Na sequência estão Burundi (US$ 490 – R$ 2.672,51), República Centro-Africana (US$ 532 – R$ 2.901,58), Malaui (US$ 580 – R$ 3.163,38), Madagascar (US$ 595 – R$ 3.245,19), Sudão (US$ 625 – R$ 3.408,81), Moçambique (US$ 663 – R$ 3.616,07), República Democrática do Congo (US$ 743 – R$ 4.052,40) e Níger (US$ 751 – R$ 4.096,0
Esforços globais para erradicar a pobreza até 2030
Dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a ONU reforça que erradicar todas as formas de pobreza é fundamental para atingir o desenvolvimento sustentável.
A organização defende que países em desenvolvimento implementem políticas públicas específicas e mobilizem recursos financeiros para reduzir desigualdades e ampliar o acesso a serviços básicos.
A meta da ONU é garantir que, até 2030, todos os países tenham igualdade no acesso a recursos econômicos e naturais, serviços essenciais e direitos fundamentais, por meio de estruturas políticas eficazes em nível nacional e regional.
