Ceticismo marca reação internacional ao resultado das eleições na Venezuela
Nicolás Maduro é oficialmente o vencedor, mas acusações de fraude e intimidação levaram a oposição a declarar vitória

Na manhã desta segunda-feira (29), o presidente venezuelano Nicolás Maduro garantiu “paz, estabilidade e justiça” após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) confirmar que ele obteve 51% dos votos nas eleições nacionais.
As informações são da Deutsche Welle.
No entanto, líderes globais manifestaram ceticismo quanto à validade da contagem de votos. A principal oponente de Maduro, María Corina Machado foi impedida pelo judiciário venezuelano de ocupar cargos públicos por 15 anos, e Caracas recusou as tentativas de observadores internacionais de verificar o processo eleitoral.
A oposição venezuelana chamou o anúncio do CNE de fraudulento e prometeu contestar o resultado. Eles afirmaram que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu com 70% dos votos e insistiram que ele é o verdadeiro presidente eleito.
Maria Corina Machado declarou a jornalistas que González era o novo presidente eleito da Venezuela, afirmando: “Nós vencemos”.
A oposição afirmou que González tinha uma vantagem de 40 pontos percentuais sobre Maduro, com o apoio unificado dos partidos de oposição. Pesquisas de opinião indicavam que González venceria o presidente no poder há 11 anos com uma ampla margem.
Nos últimos 10 anos, 7,8 milhões de pessoas deixaram a Venezuela devido à crise econômica e política sob o governo de Maduro. Pesquisas pré-eleitorais indicam que esse êxodo pode aumentar, com uma delas sugerindo que um terço da população poderia emigrar.