
Há muitas coisas que nos motivam. Mas o motivador mais poderoso de todos é o MEDO.
O medo é um instinto primitivo que nos serviu como habitantes das cavernas e ainda serve hoje. Ele nos mantém vivos, porque se sobrevivermos a uma experiência ruim, nunca esqueceremos como evitá-la no futuro. Nossas memórias mais vívidas nascem em situações de medo. A adrenalina grava essas memórias em nossos cérebros.
Nada nos deixa mais desconfortáveis do que o medo. E, temos tantos: medo de dor, de doença, de lesão, de fracasso, de não ser aceito, de perder uma oportunidade, de ser enganado, de ser cancelado, só para citar alguns.
O medo invoca a síndrome da fuga ou luta; e nossa primeira reação é sempre fugir de volta para nossa zona de conforto. Se não soubermos o caminho de volta, é provável que sigamos quem nos mostra um caminho.
É isso que explica a quantidade de gente acreditando em profetas de araque da ciência, da política, da economia, da saúde! Apavorados, seguimos quem tem a lanterna…
Os profissionais de marketing usam o medo como motivador sempre que podem. Eles apresentam um cenário com o qual esperam invocar nosso senso de medo. Em seguida, eles nos mostram uma solução – um caminho de volta para nossa zona de conforto – que, invariavelmente, implica no uso de seu produto ou serviço.
O medo é usado para vender praticamente tudo: carros, pneus e seguro de vida são clássicos. Mas, comerciantes inteligentes também usam o medo para vender cereal e desodorante. Como resultado, compramos todo tipo de coisas que uma geração atrás eram consideradas desnecessárias: sabão antibacteriano, sistemas de alarme, vitaminas… a lista continua. cara.
O medo pode ser muito poderoso para ser usado como motivador, pois também pode paralisar – o veado clássico na síndrome dos faróis. Lembra? Acende um, farol ele fica parado. Congelado. Gostaria de usar o medo para motivar os nseus funcionários a ter um desempenho melhor?
“Se você não vender mais isso ou aquilo – você está DEMITIDO!” Olha: pode até funcionar, mas existem regras que você deve seguir para que seja bem sucedido. Para usar o medo com sucesso como motivador, uma solução deve ser oferecida junto com ele. Um novo caminho a seguir.
Você pode dizer a um empregado que ele ou ela deve vender mais, mas a menos que você mostre a eles como, o medo causará 0 pior: eles vão se mandar ou ficarão paralisados.
No livro Extreme Fear: The Science of Your Mind in Danger, mais ou menos como: O medo extremo. A Ciência da sua mente em perigo, o autor Jeff Wise, explora os fundamentos neurológicos da resposta que nosso cérebro dá ao medo.
A intenção é entender melhor como tomar conta dessa emoção formidável, lançando luz sobre a ciência com histórias de pessoas que enfrentaram ameaças terríveis e conseguiram passar intactas.
Dá para aprender com almas tão corajosas e nos treinar para sermos mais corajosos? Olha, a evidência diz que sim. O autor então apresenta nove técnicas para se preparar para os desafios que sempre virão.
Vamos a elas?
Fique em forma física: um dos muitos benefícios físicos e psicológicos do condicionamento cardiovascular é que ele proteja o indivíduo contra os efeitos do estresse, incluindo ansiedade e medo. Um estudo de 2009 relatou que paraquedistas com maior percentual de gordura corporal demoraram mais para retornar dos níveis elevados de hormônio do estresse e tiveram pior desempenho em testes de agilidade mental.
Sacou? Os gordinhos demoram mais para reagir… pronto. Pronto. Estou sendo cancelado por gordofobia, cara.
Outros estudos até mostraram que o exercício pode aliviar a depressão e a ansiedade. E pode protegê-lo de se sentir estressado no futuro. Pesquisadores de Princeton descobriram que ratos que se exercitam cultivam neurônios em seus cérebros que são menos responsivos ao hormônio do estresse cortisol.
Apoie-se em seus amigos: os seres humanos são mamíferos, e os mamíferos são criaturas fundamentalmente sociais. Em uma situação difícil, contamos com a relação emocional dos amigos e familiares. A ocitocina, hormônio que une mães e filhos e maridos e esposas, tem mostrado diminuir a sensação de dor e medo.
Em tempos de guerra, a ocitocina provavelmente desempenha um papel em transformar um grupo de estranhos em um grupo de irmãos que darão suas vidas um para o outro. Mas mesmo em desafios mundanos como uma crise no local de trabalho ou uma competição atlética difícil, ter amigos ao seu lado pode fazer toda a diferença.
Não é à toa que a pandemia, ao cortar a convivência entre as pessoas, acabou provocando essa psicose mundial que estamos enfrentando, onde ninguém confia mais em ninguém todo mundo parece angustiado, agressivo e impaciente. Precisamos uns dos outros.
Exponha-se: uma ferramenta fundamental para dominar o medo é desenvolver um senso de confiança em suas habilidades. Você pode treinar-se para essa mentalidade estabelecendo metas desafiadoras, mas alcançáveis que se tornam progressivamente mais difíceis. Tem medo de falar em público? Então faça um brinde em um pequeno jantar.
Exponha-se em pequenas falas em público. Você tem medo de altura? Tente enfrentar os patamares inferiores de uma parede de escalada. Acima de tudo, certifique-se de se recompensar quando tiver sucesso. O objetivo é treinar os centros emocionais do seu cérebro para antecipar um resultado positivo ao ultrapassar limites.
Você entendeu, hein? Se você não se expuser aos riscos, não criará uma armadura emocional para enfrentá-los. Pense nos prejuízos que você causa a seus filhos ao protegê-los de tudo que possa fazer-lhes mal, evitando que eles reconheçam o perigo e aprendam a se proteger por conta própria.
Pense Ppositivo: o psicólogo da Marinha dos Estados Unidos Marc Taylor pesquisou atletas olímpicos sobre praticava de habilidades mentais positivas, como expressar silenciosamente pensamentos afirmativos. Taylor descobriu que atletas que repetiam para si afirmações positivas eram significativamente mais propensos a sobreviver à intensa pressão da competição de elite e chegar à disputa de medalhas.
Se você já reparou na entrada dos lutadores do UFC a caminho do ringue, verá sua equipe gritando palavras de incentivo até que a luta comece. Eles estão ajudando a focar sua mente no que é positivo. Foco no que você pode fazer.
Mude o enquadramento: em vez de entrar em pânico, quando uma crise parece avassaladora, tente ver a situação sob outra perspectiva. Tente entender o contexto maior e identificar as coisas boas que podem vir junto com as ruins.
Escreva o melhor caso e os piores cenários, e quão provável eles são de acontecer. Provavelmente você descobrirá que o pior cenário não é muito provável, então você pode retomar a razão.
Pense pequeno: uma tarefa verdadeiramente assustadora pode levar ao desânimo. Um truque é dividir o problemão em probleminhas e focar no mais imediato. Se você está atolado em um projeto no trabalho, cuidado para não se desesperar com a grandeza da tarefa.
Quebre-a em pequenos pedaços, o suficiente para que você possa fazer cada um, cada pequena tarefa, em uma hora ou menos, e concentrar toda a sua atenção exclusivamente nisso. Nenhum montanhista pula direto para o topo, eles vão escalando cada fase, pacientemente, até chegar lá. Hummmm… eu falei em paciência? Para um Millennial? Pra um Geração Z? Aí fica difícil.
Enfureça-se: uma emoção poderosa como a raiva pode superar o medo. Você vai entrar numa discussão com um oponente que lhe incomoda? Lembre-se de quão indignado você está com alguma atitude dele, faça com que esse sentimento cresça dentro de você até suplantar o medo.
Se você está tenso antes do grande jogo, tente pensar no quanto você odeia seus oponentes. Entre aspas, né? Mas não seja burro de deixar que a fúria seja maior que a razão. A função dela aqui é suplantar o medo, e não é transformar você num estúpido.
Faça o desagradável: sabe quando você tem de entrar numa piscina que tem a água fria? Qual a melhor técnica? Pule, pô! É um choque e depois uma imensa sensação de alívio. Se você tem medo de falar em público, acione os poderes reconfortantes da ocitocina, o hormônio da afeição e da ligação. Mexa-se, faça com que o sangue esquente, aumente as batidas do coração e a respiração conscientemente.
Não deixe que o medo faça isso. Rarararar… Cara: eu me lembrei agora de um amigo apavorado com sua primeira apresentação em púbico, correndo de terno dentro do auditório… Ele só acalmou quando começou a transpirar. Estudos recentes descobriram que indivíduos que recentemente tiveram relações sexuais eram significativamente mais calmos quando solicitados a falar diante de um grupo de estranhos. Olha que dica maravilhosa, rarararrara. Mas use Prudence, viu?
Por fim, aproveite o passeio: o medo não é tão ruim, cara. O medo intenso faz com que nosso cérebro libere produtos químicos que imitam os efeitos da maconha e de anfetaminas.
O tempo parece desacelerar e a dor desaparece; podemos correr mais rápido e levantar pesos mais pesados. Houve casos de pessoas em pânico levantando carros com as próprias mãos. Qual é a pegada, hein? É manter a consciência de onde, como e porque você está ali. É simplesmente nmão entrar na histeria.
Então é assim então, ao som de Medo da Chuva, o clássico de Raul Seixas, com a carioca Isabella Taviani, que vamos saindo, espero assim que aliviados… ou preocupados.
Tá entendido, então? O medo é um motivador poderoso, mas é ele pode ser muito negativo. Eu prefiro motivar alguém eliminando a dúvida. A dúvida destrói a motivação. Se você pode ajudar uma pessoa a se livrar dela, você vai motivá-la positivamente.
Convido você a baixar e ler o meu Ensaio sobre o Cagaço, eu vou colocar o link no roteiro deste programa no portalcafebrasil.com.br. Olha: precisamos falar sobre o medo, ou quem toma conta é a metade que é silêncio.
Para terminar, uma frase de um anônimo:
É melhor um fim com medo do que um medo sem fim.